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Com a conferência anual da Retail Industry Leaders Association a caminho, conheça as principais tendências que moldam a logística integrada para o setor de varejo.
Em um mundo onde entregas no dia seguinte e no mesmo dia se tornaram “o novo normal”, e onde Zebra está prevendo que até 2028, 40% das encomendas serão entregues dentro de prazos de 2 horas, nos deparamos com uma corrida para desenvolver processos de logística integrada mais rápidos e eficientes.
“Para os executivos de logística integrada, isso significa adotar seletivamente tecnologias emergentes, desenvolver rapidamente processos de atendimento e construir ativamente relacionamentos estratégicos com provedores de serviços de logística”, afirma a RILA em seu site.
Os principais condutores
Da logística de armazenamento e transporte final, os componentes que impulsionam a logística integrada devem trabalhar em sincronia entre si para atenderem às necessidades de e-commerce, omni-channel entre outras necessidades específicas dos consumidores. Aqui estão mais seis tendências impactando a logística integrada do varejo agora e moldando o ambiente de logística para o varejo de amanhã:
- Movimentando on-line, off-line, e via celular debaixo da mesma estrutura. Segundo o Conselho Internacional de Shopping Centers (ICSC), 84% dos compradores millennials pesquisam um produto on-line antes de irem a uma loja, e 87% deles usam um dispositivo móvel para comparar preços e obter descontos ou cupons digitais dentro da loja física. Na verdade, uma pesquisa sobre hábitos de compra na internet revelou que 73% dos entrevistados optam por comprar on-line, mas retiram a mercadoria na loja “para evitar as taxas de envio”. Isso cria oportunidades para os varejistas que podem aproveitar os compradores de lojas virtuais que chegam à loja para fazer sua retirada (e acabam saindo com produtos que nem estavam em suas listas de compras).
- Colocar produtos sortidos próximos à demanda. À medida que os varejistas e as marcas buscam aprimorar a proposta de valor direto ao consumidor e competem pela participação no comércio eletrônico, eles estão constantemente trabalhando para oferecer um sortimento maior e reduzir o prazo de entrega, A.T. Kearney – empresa de consultoria – relata. Consequentemente, tanto os varejistas quanto as marcas estão implantando um mix mais amplo de unidades para manutenção de estoque (SKUs) nos centros de distribuição, onde ocorre a retirada de peças de SKUs individuais para os pedidos. “O exemplo mais agressivo dessa tendência é a Amazon, que investiu mais de US $ 13 bilhões para ativar 50 armazéns de seleção individualizada nos EUA de 2010 a 2016”, ressalta A.T. Kearney. “Esse investimento maciço permitiu que a Amazon oferecesse centenas de milhares de SKUs e prometesse aos clientes entrega no dia seguinte de todos eles.”
- Atender a uma demanda crescente por produtos customizados e personalizados. A RILA diz que o comprador de hoje está à procura de produtos e serviços adaptados e que agreguem valor. De fato, um relatório recente do segmento descobriu que 45% dos consumidores entrevistados provavelmente repetirão uma “experiência de compra personalizada”, assim como aqueles que recebem um desconto especial. “Roupas e sapatos costumavam ser feitos individualmente para seus usuários, por sapateiros ou alfaiates e costureiras”, disse Shamil Hargovan, da Wiivv, à Forbes. “Quando a produção em massa é atingida a personalização é perdida.” Isso cria uma interessante reviravolta na cadeia de fornecimento varejista, que historicamente foi projetada para entregar paletes cheios de produtos às lojas que, por sua vez, estocariam em suas prateleiras. Agora, os varejistas inovadores estão usando espaços internos disponíveis para atender aos pedidos de comércio eletrônico (e manusear devoluções). Eles também estão trabalhando com seus fornecedores de logística para encontrar maneiras mais eficientes de atender e entregar pedidos altamente personalizados (incluindo itens como um único batom).
- Criar opções de entrega/retirada e cadastros otimizados. “Custos de envio significativos ou dificuldades no rastreamento podem ser um fardo para os compradores”, ressalta RILA, observando que a Dick’s Sporting Goods está adotando a tendência ao facilitar as entregas em lojas com estações de autoatendimento. Os clientes podem digitalizar o código de barras na parte superior do e-mail ou digitar seu nome na tela interativa do touchpad e um colaborador trará a compra efetuada. A RILA diz que os varejistas que querem imitar o sucesso de Dick nessa área devem se fazer perguntas como: Devemos desenvolver nossa própria plataforma de compras digitais ou ser parceira de uma plataforma de compras já estabelecida? Nossas opções e estimativas de entrega são precisas e como notificamos o cliente se as coisas mudarem?
- Integrando o varejo e a economia de “compartilhamento”. Como os consumidores continuam a transferir os gastos de “coisas” para “experiências”, o impulso de simplesmente alugar o que eles precisam quando precisam crescerá, prevê a RILA. Para os varejistas e seus proprietários, projetar centros e áreas de estacionamento / estruturas que possam ser adaptadas para responder a essas mudanças culturais serão fundamentais para seu sucesso em longo prazo. O proprietário do shopping Westfield, por exemplo, formou recentemente uma parceria nacional com a Uber, que incluirá estações designadas de desembarque e embarque em 33 shoppings dos EUA. “A iniciativa também criará lounges ultramodernos e ricos em amenidades”, aponta a RILA, “onde os clientes podem esperar que seus motoristas cheguem”.
- Alavancar a Uberização do transporte. Em How will E-commerce growth impact our transportation network?, o Texas A & M Transportation Institute retrata um ambiente de varejo onde os varejistas on-line estão transpondo modelos de negócios estabelecidos há muito tempo e os padrões de compras dos consumidores. Esses consumidores estão escolhendo cada vez mais ciclos de entrega mais curtos, aponta, optando em alguns casos por receber seus produtos em poucas horas, ao invés de dias. “A demanda por entregas imediatas exige que os varejistas sejam mais ágeis e mudem radicalmente a logística de armazenagem”, afirma o instituto. Para compensar esses desafios, os varejistas estão adicionando pequenos centros de triagem e entrega e localizando-os mais perto de seus clientes. “Além disso, enquanto os varejistas continuam a empregar serviços tradicionais de entrega”, o instituto ressalta, “eles também estão procurando fornecedores independentes que usam veículos pessoais para transportar pacotes da mesma maneira que companhias de rede de transporte como Uber transportam passageiros”.
Com os consumidores gastando US $ 453,46 bilhões na web para compras no varejo em 2017 – um número que deve crescer este ano – os varejistas continuam a aprimorar sua logística integrada de uma maneira que não apenas atenda às necessidades de seus clientes, mas também atende a seus compradores on-line / dispositivos móveis. Não é uma ação fácil, mas as empresas que investirem tempo e esforço no desenvolvimento de abordagens de transporte, armazenamento e logística serão as vencedoras.